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Na última quarta-feira, 11 de setembro, no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS - UFRJ), realizou um evento em comemoração aos 40 anos da Greve de Metalúrgicos (RJ), no qual foi composto somente de mulheres que participaram ativamente dessa luta. 

Ocorrida em 1979. a Greve se iniciou a partir da insatisfação com o cenário da época: a Ditadura Militar (1964 - 1985), além das condições de trabalho e busca por reajustes de salários. Cerca de 400 mil trabalhadores aderiram e em seu maior ato, em 1º de maio, 150 mil lotaram o Estádio de Vila Euclides, em São Bernardo do Campo. Por fim, após uma trégua, foi concebido um reajuste de 63% em seus salários. 

Apesar de toda repercussão e ganhos da Greve de Metalúrgicos, as histórias de mulheres que fizeram parte dessas reivindicações são silenciadas. Por tal motivo, na mesa contava com mulheres que estiveram a frente dessa luta, mostrando que a Greve não foi só exercida por homens.

Ilustrando isso, Lúcia, uma das participantes, conta como foi sua experiência: 

"Eu trabalhava no setor que era basicamente de mulheres. Então nós combinamos o seguinte, o banheiro seria o nosso lugar de reunião, a gente revezava para conversar com as operárias do setor. Cada hora ia uma. Sei que foi um movimento que cresceu tanto que eu lembro do chefe até falando 'gente eu não sei o que vcs fazem tanto no banheiro' porque era uma movimentação...".

Portanto, a luta não foi somente masculina, as mulheres estavam lá e fizeram parte de um movimento tão marcante para a sociedade. É preciso dar voz ao coletivo feminino que sempre está fazendo história, mas que na maioria das vezes, essas histórias não são contadas. 

A voz das Piqueteiras: Greve de Metalúrgicos (RJ) - 1979, por Arkx Brasil

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